Sem autorização, avó retira recém-nascido de hospital em Lins
quarta-feira, 23 de maio de 2012Sem autorização dos médicos, uma avó retirou um recém-nascido que estava internado na Santa Casa de Lins. O bebê com apenas uma semana de vida foi retirado da incubadora pela mulher, de 35 anos. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela hospital, ela passou pela portaria, entrou na maternidade e conseguiu chegar até a UTI Neonatal onde estava o recém-nascido prematuro.
Minutos depois, segundo a direção do hospital, deixou o prédio correndo levantado o neto, no colo, e entrou rapidamente em um carro que estava à espera dela. Antes de tomar essa atitude, a família da criança tentou levá-la para a casa em Cafelândia, mas o pedido foi negado pela direção da Santa Casa, já que o bebê que nasceu com 2 quilos e 200 gramas e corria risco de morte. Segundo a polícia, a avó do recém-nascido havia procurado a delegacia dias antes para reclamar da demora do hospital em dar alta para o bebê.
O delegado responsável não registrou boletim de ocorrência, mas conversou com a direção do hospital que confirmou a necessidade do recém-nascido permanecer internado. “Ela queria tirar a criança, queria transferir o bebê e eu perguntei até porque e ela disse: ‘ah, não sei, eu queria colocar em Cafelândia’. Mas, nada justificava. Eu a orientei a procurar a direção da Santa Casa e justificar o porquê disso. Não cabia Boletim de Ocorrência neste caso, mas ela retornou ao hospital e subtraiu a criança”, explica o delegado Orildo Nogueira, da Delegacia de Defesa da Mulher.
No hospital não há câmeras de segurança. O porteiro viu quando a avó saiu do prédio e avisou a polícia que o bebê tinha sido levado. “A Santa Casa me ligou para denunciar o que tinha acontecido, que o bebê tinha sumido. Criava-se a expectativa que podia ter sido a avó, que ficou comprovado. E depois disso tentamos localizá-la em Cafelândia, e o próprio Conselho Tutelar localizou. Então eu conversei com ela e a convenci a trazer a criança de novo para a Santa Casa er o bebê já está sob os cuidados do hospital”
Na casa da família em Cafelândia, distante 20 quilômetros de Lins, ninguém da família foi encontrado para justificar a atitude da avó. A polícia abriu um termo circunstanciado e a avó vai responder criminalmente por exercício arbitrário, ou seja, tomar uma atitude contra as regras do hospital. A mãe do bebê tem 16 anos e também será responsabilizada. Ela vai responder por ato infracional.
Fonte: G1
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